Alma sem corpo – corpo sem alma

Dizem que os primeiros filmes de zumbis eram uma crítica social ao capitalismo – não só por que os mortos-vivos vagavam (irracionais) pelas ruas e lojas, guiados pela ânsia devoradora de saciar sua “pseudo-necessidade” (consumista) de comer gente, mas também pela distinção que tinham os sobreviventes (com mais armas e suprimentos) em relação aos desprovidos, representando assim o poder aquisitivo da classe dominante.

Aos poucos os sobreviventes oprimidos pelos selvagens zumbis, tornam-se insensíveis e tão primitivos quanto os próprios moribundos caminhantes.

Vejo no apocalipse zumbi uma metáfora para nossa modernidade, onde acabaremos infectados pelos desejos e pseudo-necessidades. Estraçalhando nossos semelhantes pelas mordidas do egoísmo, na busca insaciável pela satisfação.

É possível que todos sejamos corpos (vivos e mortos) perambulando pelas ruas, afastados de nossas almas. Por que, na verdade, (como em The Walking Dead): “Já estamos todos infectados!(Será?)”

#MeuAlterego

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